Os jardins agregam beleza e sofisticação, além de transmitirem sensação de leveza e harmonia. É peça importante para a estruturação do espaço. Mas para que o jardim consiga imprimir esses efeitos é preciso traçar o caminho que vai conduzir as pessoas até o interior do ambiente, enquanto podem também apreciar a grandeza do paisagismo. E traçar esse caminho não é tão simples quanto se pensa, é necessário planejamento, muito planejamento.
“O caminho convida a percorrer pelo jardim. Não é algo criado para que a pessoa somente contemple a área. O objetivo é bastante funcional, é criar acessos às áreas. É um recurso interessante para conduzir as pessoas na direção correta, sem que para isso ela tenha que pisar na grama”, destaca a paisagista Erly Hooper.
Segundo a profissional, é importante não criar caminhos muito longos para que as pessoas não procurem passagens alternativas. “Quando o trajeto criado não é funcional, as pessoas começam a fazer trilhas para diminuir o percurso, pois todo mundo procura um caminho mais curto para chegar a determinado espaço”, explica.
Em jardins, a construção do caminho é feito principalmente com utilização lajões ouro preto e lagoa santa. Para projetos mais modernos, o granito pode ser boa pedida. Erly lembra que há um mito de que o trajeto dos jardins tem que ser feito em curva e desmente: “A busca pela funcionalidade deve trilhar a execução do percurso, que não precisa ser, necessariamente, em curva”.
A paisagista finaliza com uma dica de ouro: “A área gramada, sem cortes, é que vai exaltar a beleza dos jardins e colocar em evidência o percurso projetado pelo profissional, por isso é importante não exceder no uso de caminhos”.