Menor ou maior. Comemorativo ou promocional. Os selos podem passar despercebidos aos olhos de muita gente, e até mesmo serem erroneamente vistos como antiquados e sem valor. Por outro lado, eles são um verdadeiro tesouro aos olhos dos filatelistas, os colecionadores de selos. A filatelia é uma das formas mais antigas de se colecionar, sendo uma arte que resiste ao tempo. O hobby reúne adeptos de todo mundo, e com todo o cuidado, é possível catalogar peças, negociar e montar álbuns à escolha. Com tantos e minuciosos detalhes, é impossível não querer conhecer um filatelista. Pensando nisso, o Portal LiV conversou com William Tavares Jr., professor e diretor administrativo da Sociedade Paraense de Filatelia. Confira em nossa matéria.
William relata que começou a colecionar selos durante a juventude, um hábito que era repassado de pais a filhos e netos. Com ele, a paixão permanece até hoje, mesmo que tenha sido interrompida por um tempo. “Comecei a colecionar selos de forma séria quando eu tinha 18 anos. Até meus 28, havia um clube de selos aqui em Belém do Pará que eu participava. Os Correios tinham uma sala especial para filatelistas, e eu fui montando minha coleção até fazer meu mestrado no Rio de Janeiro. A coleção foi abandonada porque me tornei professor e havia muita demanda em preparar aulas. Só retornei em 2018 quando me aposentei, e passei a me reunir e entrar na Sociedade Filatélica”.
Outra possibilidade no mundo da filatelia é de colecionar através de temas. No caso de William, o saber acadêmico foi unido com a paixão. O historiador reúne além de selos, cartas, máximos postais, envelopes que revelam a arte, a religião e a cultura de países como o Egito.
O colecionador vê a filatelia como algo além de um hábito, sendo o hobby um estilo de vida. “Quando você coleciona, é como se estivesse organizando a própria vida. De uma forma mais lúdica, é uma forma de sociabilidade. Você faz a coleção para mostrar pros outros, e há uma disputa entre qual a coleção que está mais completa, qual a peça que meu colega tem que eu posso adquirir, há o prazer de conseguir uma peça cara por uma pechincha, por exemplo. O tempo vai passar, mas a filatelia vai continuar a resistir”.
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