Crítica: The Flash

Uma homenagem nostálgica à Era dos Heróis

16/06/2023 11:17 / Por: Leonardo Lima
Crítica: The Flash

“Eis o segredo do universo. Bilhões de pessoas, fazendo bilhões de escolhas, criando infinitas Terras.” Essa frase dita pelo personagem Homem-Coruja na animação Liga da Justiça: Crise em Duas Terras explica um pouco como funciona o Multiverso, que é o tema de The Flash, novo filme da DC Comics e que encerra o DCEU, universo compartilhado que iniciou em 2013 com Homem de Aço.

Após passar por diversos problemas de produção desde seu anúncio em 2018, finalmente The Flash foi lançado e nós da LiV fomos conferir nos cinemas.


Dirigido por Andy Muschietti (It: A Coisa) e com roteiro de Christina Hodson (Aves de Rapina), o filme começa, assim como seu protagonista, de uma forma frenética, mostrando o Flash salvando pessoas de um acidente em Gotham, enquanto Batman, aqui interpretado pela última vez por Ben Affleck, lida com um grupo de criminosos em outra parte da cidade. Após isso, somos levados direto para a atrasada vida de Barry e sua incessante busca por provar a inocência do pai, que foi acusado de matar a própria esposa.


Tudo isso dá errado quando Barry Allen (Ezra Miller) resolve voltar no tempo e impedir que isso aconteça, porém o que ele não esperava era que ao fazer isso, fosse acabar parando em outro universo, onde não há nenhum super-herói, apenas o Batman, aqui interpretado mais uma vez por Michael Keaton. Além dele, Barry também encontra uma contraparte sua daquele universo e então os três ao lado da Supergirl (Sasha Calle) decidem se unir para derrotar um velho inimigo, General Zod, interpretado mais uma vez pelo grande ator Michael Shannon.


O filme tem um roteiro simples, que foca em seu personagem principal na maior parte do tempo e na forma como ele tem que lidar com seus problemas pessoais e a vida de super-herói. Possui boas cenas dramáticas e o humor e as piadas são colocadas em partes certeiras. A atuação do protagonista vivido por Ezra, que interpreta duas versões de si próprio é bem balanceada entre os dois Barrys e faz com que você consiga diferenciar perfeitamente quem é quem.


Ben Affleck dá a vida mais uma vez ao Homem Morcego, porém aqui vemos um Batman solto e um Ben mais à vontade. A Supergirl de Sasha Calle cumpre seu papel, mas não entrega nada tão grandioso, até porque a responsabilidade disso fica a par de Michael Keaton, que parece saber exatamente o que está fazendo e também é nítido o quanto ele está satisfeito em poder voltar a ser o Batman.

Um dos pontos negativos do filme é o uso de efeitos especiais, que em diversos momentos fica parecendo inacabado e amador, mas que a imersão no filme faz com que você consiga se incomodar um pouco menos.

The Flash em vários momentos se agarra muito na nostalgia, entretanto homenageia todo o universo DC até aqui, tanto nos quadrinhos, quanto nos filmes e isso dá um gostinho de satisfação e emoção ao filme, principalmente pelas participações especiais que pra quem é um grande fã da DC nos cinemas, vai se sentir realizado.

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