Seja em preto e branco ou colorido, os quadrinhos (ou, para os mais
próximos, gibis) são o xodó de muita gente que teve o primeiro contato com leituras
como “Turma da Mônica” ou “O Menino Maluquinho", por
exemplo. Sabia que eles também contam a história de nosso país? Saiba porquê no dia 30 de
janeiro é comemorado o Dia do Quadrinho Nacional.
“As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte” é a primeira história em quadrinhos que se tem notícia no Brasil. Publicada em 30 de janeiro de 1869, pelo cronista italiano Angelo Agostini, a HQ marca o início dos gibis brasileiros. Um retrato dos costumes e hábitos da época, Nhô Quim se popularizou e deu seguimento até a chegada de uma revista exclusivamente de quadrinhos, “O Tico Tico”, de Renato de Castro. Publicada em 1905, o primeiro periódico do gênero foi só um pontapé para a despontada das HQs no Brasil.
Hoje um expoente da leitura infanto-juvenil, “A Turma da Mônica” é um
dos maiores (senão, o maior) quadrinho do Brasil. As aventuras de Mônica, Chico
Bento e centenas de personagens criados por Maurício de Souza são sinônimo de
nostalgia e sucesso. Exemplo disso são as adaptações que chegaram às telonas do
cinema, como “Turma da Mônica: Laços” (2019) e “Turma da Mônica:
Lições” (2021), que são adaptações de histórias do mesmo nome, escritas
pelos irmãos Lu e Vitor Cafaggi e que fizeram parte de um projeto chamado
Graphic MSP. Além disso, o live action, que trouxe histórias de amadurecimento
e aprendizado, rendeu até mesmo uma série para o Globoplay.
Outras adaptações de quadrinhos nacionais são “O Doutrinador” (2018) escrita por
Marcelo Cassaro e desenhada por Guga Schultze, e “A Princesa da
Yakuza” (2022), filme da Netflix, adaptação de “Samurai Shirô”, uma
HQ do autor Danilo Beyruth.
Se por um lado as adaptações conquistam as telas, por outro, nossos
quadrinhos brasileiros chegam até o outro lado do mundo. “O Rei de Lata”
de Jefferson Ferreira e “Lebre e o Coelho” por Alec, são algumas das
obras nacionais que estão chegando até a Coreia do Sul.
Como pode-se ver, as HQs brasileiras têm muito o que contar, além do papel,
e conquistaram o público graças ao carisma dos personagens e envolvimento com
as histórias. Em resumo, o quadrinho nacional tem se tornado cada vez mais uma
expressão artística relevante e respeitada no Brasil, combinando diversidade
temática, estética e capacidade de abordar questões sérias de maneira
acessível.
E você, qual o quadrinho que mais lembra a sua infância?